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Gestão de talentos: gerações e desafios nas organizações

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Gestão de talentos: gerações e desafios nas organizações

por Diego Lima para o Administradores.com

É indiscutível que o mundo tem passado por grandes e significativas mudanças ao longo do tempo e com uma velocidade ainda mais impressionante, fazendo com que as pessoas o tempo todo estejam em busca de informações, conhecimentos, habilidades para continuarem a desenvolver suas tarefas diárias, senão viver.

Nas organizações não é diferente. Novas tecnologias, novos concorrentes e clientes cada vez mais apetitosos por novos produtos e serviços de qualidade, que atendam às suas necessidades atuais e futuras.
No âmbito das empresas, no entanto, há um desafio ainda maior: atrair, reter e desenvolver talentos. Ou seja, gerenciá-los.

Podemos definir talento como o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, bem desenvolvido, alinhado à personalidade nata de um indivíduo, que o torna raro de ser encontrado, e que, portanto, tem um valor agregado maior, acima da média. O talento é o que permite a uma pessoa destacar-se. Observamos isto nos cantores, artesãos, doceiras, pedreiros, gestores, dentre outros.
A Gestão de Talentos é parte da Gestão de Pessoas, e como tal, ocupa-se (ou deve se ocupar) da identificação, recrutamento, seleção, desenvolvimento e monitoramento dos colaboradores que apresentam diferenciais significativos e que agregam valor ao negócio. Os talentos podem estar fora ou dentro da própria organização. Podem ser natos ou desenvolvidos. No entanto dificilmente uma organização terá 100% de colaboradores talentosos, embora esta seja a missão, o desafio dessa área.

Gerir talentos vai além de gerenciar pessoas. É gerir competências.

Vale lembrar que as pessoas são diferentes, têm personalidades, objetivos diferentes e se guiam por eles para alcançarem resultados. Neste sentido, remetemos às gerações Baby Boomers (1940 a 1960), X (1960 a 1980), Y (1980 a 2000), Z (Millenials – meados dos anos 1990 a 2010) e a mais recente Alpha (2010 em diante).

Enquanto os “baby boomers” são pessoas conservadoras, tradicionais, mais ligadas a processos burocráticos e gestão centralizada, as gerações Z e Alpha se diferenciam pela visão orientada para resultados, processos altamente flexíveis e estruturas descentralizadas. Os primeiros são pacientes e com perfil mais controlador, à medida que os últimos são vistos como “inconformados”, “impacientes” e buscam encontrar soluções rápidas e eficientes para os problemas aos quais se deparam. Entre estas gerações estão aqueles que mesclam todas essas características citadas, e vivem numa incessante busca pelo desenvolvimento, tendo em vista acompanhar a evolução do mundo moderno.

Gerenciar pessoas diferentes, com competências melhor desenvolvidas, num mesmo ambiente organizacional é o gargalo das empresas, que têm a necessidade de alinhar estruturas burocráticas (como “padrão”, devido às leis, normas, regulamentos) com processos flexíveis (novas tecnologias, produtos e serviços desenvolvidos rapidamente para atender às demandas latentes), e criar e desenvolver equipes compostas por colaboradores diferentes, uma vez que de um lado há aqueles que são criativos, têm a solução para os problemas, e de outro lado, aqueles mais reflexivos, conservadores, cautelosos. Ceder para um lado é abrir mão da potencialidade do outro, gerando desmotivação a um ou outro grupo, o que por fim pode levar à perda destes talentos. E perder talentos é perder ativos intangíveis. É perder valor.

É necessário, portanto, que as organizações criem ferramentas, estruturas de gestão, principalmente no que diz respeito à Gestão de Pessoas, de forma a absorver adequadamente essas competências nobres, viabilizando a integração e interação de gerações diferentes, alinhando-as a ambientes nos quais seja possível o desenvolvimento mútuo, agregando valor à força de trabalho, possibilitando assim, que a entidade atinja seus objetivos estratégicos, sua missão, tendo os talentos como diferencial competitivo frente aos concorrentes.

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