Como design thinking pode ser usado na gestão de pessoas?
Henrique Augusto
Vamos imaginar a seguinte situação: você tem um negócio crescendo a todo vapor e, assim como ele, sua equipe de colaboradores também está aumentando. O que fazer para promover ou manter a sinergia entre todos, visando um objetivo em comum: desenvolver ações com sucesso e manter as pessoas engajadas para manter esse ritmo acelerado de crescimento?
Para que a escalabilidade de um negócio ocorra de forma sustentável, é fundamental não só coordenar bem as operações e expandi-las, como fazer uma boa gestão de pessoas. Essa medida é importante para aparar arestas e possíveis problemas que podem surgir nas relações internas. E como fazer para garantir que isso ocorra de forma orgânica? Uma boa solução pode estar no uso das ferramentas e técnicas como Design Thinking, uma forma de promover uma comunicação interna eficiente e aproveitar ao máximo as expertises e talentos dos colaboradores. Em uma via de mão dupla, eles também poderão se sentir criativos e úteis em suas atividades, para abraçar a causa coletivamente.
Indo além de soluções para superar obstáculos, o método, baseado nas ações tomadas por um designer para buscar a inovação e criatividade, também pode ser aplicado em conjunto com outras ferramentas usadas tradicionalmente na área de Recursos Humanos na gestão de equipes e dos indivíduos que as compõem. Associado, ainda, à tecnologia, o uso dessa metodologia tende a trazer benefícios para as pessoas e suas atividades, feitas de forma individual e coletiva.
Para entender como o Design Thinking funciona, é possível aplicar uma jornada de inovação, que ajudará a enxergar o negócio como um todo: sua estrutura, as equipes que o fazem funcionar e as pessoas que as integram. A partir de então, ao identificar pontos que podem ser melhorados, tanto os processos quanto as pessoas que deles fazem parte podem ser organizados, para a obtenção de resultados positivos.
Por meio de ações coordenadas, que também podem ser potencializadas com a adoção de ferramentas tecnológicas, é possível automatizar tarefas, agilizando os processos e as pessoas que os comandam. Essas técnicas podem ser aplicadas sempre que necessário, com base nas necessidades identificadas durante o crescimento do negócio. A ideia, neste caso, é empoderar as pessoas, torná-las cientes de suas possibilidades e como ajudam o negócio a alcançar o sucesso.
O método permite inovar técnicas que já são adotadas pelo setor de RH, como o Feedback 360, por exemplo, e personalizá-lo de acordo com as características da empresa e das equipes que a compõem. Principalmente compreender o papel de cada um, como podem contribuir com suas atividades para alcançar objetivos em conjunto, reduzindo possíveis atritos em decorrência de uma comunicação interna ineficiente e potencializando os esforços em busca de um objetivo em comum. Consequentemente, a produtividade é otimizada, a partir do momento que cada um sabe o que e como fazer, considerando suas expertises e conhecendo seu valor para alcançar o sucesso coletivo. No final das contas, todos ganham.
Artigo publicado originalmente no Portal Administradores.com