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Senado aprova desoneração da folha de salários e texto segue para sanção

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Senado aprova desoneração da folha de salários e texto segue para sanção

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O Senado aprovou nesta quarta-feira (19), por 45 votos a favor e 27 contra, projeto de lei que reduz a desoneração da folha de salários, última medida do ajuste fiscal do governo que ainda dependia do aval do Congresso. O texto segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff. Os senadores mantiveram a proposta aprovada na Câmara que elevou em mais de 100% a taxação sobre o faturamento para a maioria dos 56 setores enquadrados no programa de desoneração da folha, mas abriu exceções para alguns segmentos, reduzindo o ganho do governo.

Pela regra geral, os setores que haviam sido isentos da contribuição ao INSS de 20% da folha de pagamento no primeiro mandato da presidente Dilma e passado a pagar uma alíquota de 1% sobre o faturamento, tiveram essa taxação elevada para 2,5%.Já os setores que haviam passado a pagar uma alíquota de 2%, terão que contribuir com
4,5%.O Congresso isentou as empresas de massas, pães, suínos, aves e pescados do aumento de tributação. Os setores de transportes, comunicação (empresas jornalísticas e de radiodifusão), call center, calçados e confecções foram beneficiados com um aumento de alíquota menor, de 50% —as alíquotas de 1% e 2% passaram para 2% e 3%, respectivamente.

Na terçafeira (18), representantes da Fiesp fizeram um corpo a corpo com as lideranças do Senado pressionando para que a tributação menor fosse estendida a todos os setores. Diante da resistência da equipe econômica em perder receitas e da pressa do governo em concluir a aprovação do ajuste, o relator Eunício Oliveira (PMDBCE)
não aceitou alterações ao texto, o que demandaria que o projeto fosse reexaminado pela Câmara dos Deputados.

“Essa grave confluência de crises que o Brasil enfrenta requer racionalidade e um grande esforço pelo entendimento”, afirmou Eunício em discurso no plenário, ressaltando que não considerava o projeto “ideal”.
Com a proposta original, o governo esperava obter uma economia de R$ 12,8 bilhões ao ano, mas esse ganho cai para cerca de R$ 10 bilhões com as mudanças aprovadas, segundo estimativas do PMDB na Câmara.

Para este ano, o impacto é mínimo porque as novas alíquotas só passarão a vigorar 90 dias depois da sanção. O ajuste fiscal do governo incluiu ainda mudanças nas regras de concessão do segurodesemprego, do abono salarial, do auxíliodoença e de pensões, além de aumento de outros tributos. Boa parte das medidas foi desidratada durante a tramitação no Congresso.

TRANSPORTE URBANO
Senadores da base aliada disseram que ainda esperam negociar com o governo um benefício adicional para o transporte público urbano. A ideia, segundo Humberto Costa (PTPE), líder do PT no Senado, é incluir em uma medida provisória artigo que preveja um aumento de tributação inferior aos 50% previstos na lei aprovada ao setor.
“O que isso vai representar de perda para o governo não é tão expressivo que não seja compensado pelos benefícios sociais”, afirmou Costa.

 

Fonte: UOL

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