Penso que temos um grande desafio pela frente, no sentido de adaptar as relações do trabalho à sociedade da informação. Com efeito, o direito do trabalho foi construído no período pós-revolução industrial, onde predominavam as grandes empresas, o crescimento econômico era contínuo e os trabalhadores (a maioria no chão de fábrica) se dedicavam às mesmas atividades, repetitivas. Na atualidade, os empregos estão nas pequenas empresas, o crescimento econômico é quase utópico, e as funções são cada vez mais especializadas, atenuando bastante a subordinação em seu sentido clássico.

Acredito que a adaptação das relações do trabalho parte da simplificação, e passa não só pela atuação do legislativo e do judiciário, mas, também pelo amadurecimento e ampliação do campo das
negociações coletivas, de sorte a propiciar crescimento econômico respeitados os direitos fundamentais dos trabalhadores.

O nosso país é o “campeão” mundial em número de ações decorrentes das relações de trabalho, o que não é bom para ninguém. Chancelado pela Equipe CN e em nome desta, assumo o compromisso de ofertar uma nova advocacia trabalhista, adaptando realidades, relendo antigos conceitos e prevenindo demandas, para que possa ser construído um novo Brasil.